Compreender as religiões como espaços, complexos e portadores de contradições, de produção, reprodução e de transformação das relações sociais, em todos os domínios, os do culto, dos símbolos e do saber, e não apenas o da organização religiosa, é um desafio teórico. Assim, é no contexto das relações sociais de sexo, de “raça” e de classe que devem ser analisadas as relações das mulheres com as religiões e das religiões com as mulheres. Em algumas circunstâncias, elas funcionam como forças inovadoras, como um catalisador de mudanças sociais e políticas. Na condição de fiéis as mulheres podem se sujeitar ao poder disciplinar das religiões, mas podem igualmente, pela sua ação, contribuir para a sua mudança.. A propósito da Reforma, Nancy Roelke (cf. ZEMON DAVIS, 1979) vê nas mulheres huguenotes esposas e viúvas de caráter decidido e já extremamente independentes, que encontraram na causa reformada uma oportunidade de ampliar o seu campo de ação. Estes diferentes cenários se inscrevem em situações históricas concretas que não podem ser apreendidas senão através de pesquisas de campo.
Divisão do Trabalho religioso
Os estudos sobre a relação entre as mulheres e as religiões se desenvolveram paralelamente aos estudos feministas em geral. Num primeiro momento, a crítica das religiões foi desenvolvida num plano político e militante; as feministas lançaram então contra elas um anátema radical: elas eram um dos instrumentos mais eficazes de controle das mulheres e de manutenção da sua subordinação. As pesquisas posteriores, mais analíticas e apoiadas numa base empírica, aplicaram nesse campo os conceitos e os métodos desenvolvidos por pesquisadoras feministas. Elas revelaram os vínculos contraditórios e ambíguos que existem entre a organização religiosa e as mulheres, como em todas as instituições sociais.
Maria José F. Rosado Nunes
In: HIRATA, Helena; et al. Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP. 2009. p.213-217
Débora
sábado, 26 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
submissão
Uma mulher conta sua historia, desde seu encontro com uma paixão, um casamento forçado e estupros por parte de um parente próximo.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Monja Coen
MONJA COEN PARTICIPA DO BATE –PAPO UOL
Monja Coen conversou com os internautas no Bate-Papo UOL na
quarta-feira, dia 27 de janeiro, sobre o livro Monja Coen – A mulher nos jardins de Buda (Mescla Editorial), escrito pela terapeuta Neusa C. Steiner. A obra, um romance biográfico, retoma os passos de uma mulher pioneira e transformadora, que foi capaz de vencer preconceitos e ir atrás do que acreditava. No livro, o leitor conhece sua jornada e as batalhas ainda por vencer. Acesse aqui o resumo do bate-papo:http://tc.batepapo.uol.com.br/convidados/arquivo/religiao/ult1756u36.jhtm ou assista ao vídeo no final desta nota.


Durante quase um ano de entrevistas, Neusa percorreu os sessenta
anos de vida da Monja Coen. Entusiasmada, a autora mergulhou nessa história de desafios e superação e, embasada em sua experiência como psicoterapeuta, criou personagens capazes de ganhar vida própria e catalisar emoções abrangentes.

Trata-se de uma obra que fala a todas as mulheres que enfrentam dificuldades – muitas vezes pelo simples fato de terem nascido mulheres. É uma história forte, cheia de nuances, com alguns esclarecimentos sobre o Zen Budismo e um retrato histórico e social de várias épocas a partir de 1950. “O livro traduz a busca da mulher pela liberdade, pelo trabalho e pela realização de sonhos”, revela a autora.
Clique aqui para saber mais sobre o livro.
http://www.gruposummus.com.br/info.php?noticia_id=1139
Mulheres no Budismo
Mulheres budistas como líderes e professoras
Entretanto, as coisas não são assim tão simples. O
principal papel de liderança no budismo é, e sempre foi, aquele do professor de
harma; a liderança administrativa jamais vai se sobrepuser ao papel do rofessor
de dharma. E a expectativa, desde os primórdios do budismo até hoje, é de que
os homens serão o professores de dharma. Tenho argumentado por muitos anos que
a falta de professoras no budismo tradicional é o maior problema para as
mulheres budistas, sendo este o setor da vida budista com maior necessidade dereformas
feministas. No restante desses comentários eu explicarei por que é assim e o
que pode ser feito a respeito. (Estudos Feministas, Florianópolis, 13(2): 417.
maio-agosto/2005)
Recomendo
A visão de Durkheim sobre religião
A religião
não importando qual seja ela é essencial e permanente na humanidade. Sua obra
permeia que a religião já é uma consequência da existência humana. Contribuindo
para outras áreas de conhecimento como a ciência e a filosofia, assim como a
elaboração desses conhecimentos.
Durkheim, E. (1983).
Formas elementares da vida religiosa. Os Pensadores, São Paulo: Ed.
Abril.
Maria Brum
As formas elementares da vida religiosa
É claro que, se por
origem entendemos um primeiro começo absoluto, a questão nada tem de científica
e deve ser resolutamente afastada. Não existe um momento radical em que a
religião tenha começado a existir e não se trata de encontrar um meio que
permita que os transportemos até ali pelo pensamento. Como toda instituição
humana, a religião não começa em parte alguma ... o problema que nos colocamos
é bem outro o que queremos é encontrar um meio de discernir as causas, sempre
presentes de que dependem as formas mais essenciais do pensamento e da prática
religiosa (Durkheim, 1912, p. 36).
Sabemos, desde há muito
tempo, que os primeiros sistemas de representação que o homem produz no mundo e
de si mesmo são de origem religiosa. Não há religião que não seja, ao mesmo
tempo, a cosmologia e a especulação sobre o divino. Se a filosofia e as
ciências nasceram da religião é porque a própria religião fazia às vezes
ciência e de filosofia. Mas o que foi menos observado é que ela não se limitou
a enriquecer, como certo número de idéias, um espírito previamente formado; ela
contribuiu para formá-lo. Os homens não lhe deveram apenas grande parte da
matéria dos seus conhecimentos, mas a forma pela qual estes conhecimentos foram
elaborados (Durkheim, 1912 p. 38).
Durkheim, E. (1983). Formas elementares da vida religiosa. Os Pensadores, São Paulo: Ed. Abril.
Durkheim, E. (1983). Formas elementares da vida religiosa. Os Pensadores, São Paulo: Ed. Abril.
Maria Brum
segunda-feira, 7 de maio de 2012
sábado, 5 de maio de 2012
religião definição
"Na verdade a religião não é um processo de evolução de uma determinada cultura, mas a dominação de uma pela outra."
Referência:
BELLO, José Luiz de Paiva. O poder da religião na educação da mulher. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/mulher02.htm>. Acesso em: dia mes ano.
Mulheres no Budismo
Mulheres budistas como
líderes e professoras
No entanto, também ocorre que o budismo mudou muito
no mundo nos últimos 30 anos. Há um florescente movimento mundial de mulheres
budistas e muito progresso foi feito em reestabelecer o sangha das monjas e em
melhorar o treinamento que elas recebem. O treinamento disponível para as
mulheres leigas também melhorou muito e o budismo ocidental é quase totalmente
um movimento leigo nesse ponto. Entre os budistas ocidentais muitas mulheres
também foram reconhecidas como professoras de dharma, mais nas comunidades zen
e vipassana do que entre os ocidentais que praticam o budismo tibetano. No
entanto, a maioria dos observadores diria que algo sem precedentes está
ocorrendo entre os budistas ocidentais: aproximadamente metade dos professores
de dharma ocidentais são mulheres. ( Estudos
Feministas, Florianópolis, 13(2): 422, maio-agosto/2005)
http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n2/26894.pdfMulher na religião católica
"As mulheres na Igreja Católica ocupam um lugar subalterno e de
submissão. Em princípio há uma desconfiança originária em relação ao
trabalho da mulher, por parte da hierarquia masculina, sempre se está na
expectativa de que não se pode confiar na mulher, um dia fará
besteira."
Referência:
Strieder, Inacio. Recife, em 03/04/2012. Disponivel em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3591541
Dentro das religiões percebe-se nitidamente um certo preconceito com a mulher. Na religião Católica nao é diferente, já que essa não pode ocupar grandes cargos dentro da igreja, logo resta ao homem esses cargos. Pelos motivos que a própria igreja deve ter, e claro influência da sociedade, restando assim a submissão.
Referência:
Strieder, Inacio. Recife, em 03/04/2012. Disponivel em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3591541
Dentro das religiões percebe-se nitidamente um certo preconceito com a mulher. Na religião Católica nao é diferente, já que essa não pode ocupar grandes cargos dentro da igreja, logo resta ao homem esses cargos. Pelos motivos que a própria igreja deve ter, e claro influência da sociedade, restando assim a submissão.
Definição de religião
O que é religião?
"Há pesquisadores cuja opinião é que o unico método construtivo de estudar religião é considerar cada uma em seu próprio contexto histórico e cultural.(GAARDER,HELLERN,NOTAKER,2005,p.19)."
Como nosso grupo conhecerá varias religiões, acho muito importante sabermos o conceito do que vamos trabalhar.

Gaarder, J., Hellern, V., & Notaker, H. (2005). O Livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras. Retirado de: http://books.google.com.br/books?id=P1TX402tAOEC&pg=PA116&dq=o+livro+das+religioes&hl=pt-BR&&f=false. sa=X&ei=fvd2T472CIPYgQemmaGNDw&ved=0CEUQ6AEwAA#v=onepage&q=o%20livro%20das%20religioes
COSTA, Joana Dark de Araújo Souza
"Há pesquisadores cuja opinião é que o unico método construtivo de estudar religião é considerar cada uma em seu próprio contexto histórico e cultural.(GAARDER,HELLERN,NOTAKER,2005,p.19)."
Como nosso grupo conhecerá varias religiões, acho muito importante sabermos o conceito do que vamos trabalhar.

Gaarder, J., Hellern, V., & Notaker, H. (2005). O Livro das Religiões. São Paulo: Companhia das Letras. Retirado de: http://books.google.com.br/books?id=P1TX402tAOEC&pg=PA116&dq=o+livro+das+religioes&hl=pt-BR&&f=false. sa=X&ei=fvd2T472CIPYgQemmaGNDw&ved=0CEUQ6AEwAA#v=onepage&q=o%20livro%20das%20religioes
COSTA, Joana Dark de Araújo Souza
Mulher...
"Por causa do defeito
original de sua inteligência, são mais propensas a abjurar a fé; assim também,
devido ao seu outro defeito, distúrbio passional e afetivo, procuram, meditam e
infligem múltiplas vinganças, seja por bruxaria ou por outros meios. Não é de
estranhar que este sexo tenha dado tantas bruxas" (SPRENGER apud LOI, 1988,
p. 25).
De outra forma, Jakob Sprenger (1436-1495), dominiciano alemão, Inquisidor Geral de Maguncia e Tréveris, cidades alemãs, especialista em bruxarias, assim descreve as mulheres.
Referências:
BELLO, José Luiz de Paiva. O poder da religião na educação da mulher. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/mulher02.htm>. Acesso em: dia mes ano.
O poder da religião na educação da mulher
Qualquer religião exerce, na
população que pratica a sua fé, uma forte influência no comportamento. No Irã
por exemplo, regido por uma ditadura religiosa, as mulheres não podem usar
batom, não podem viajar pelo país sem a companhia do marido ou do pai, nos
ônibus urbanos devem se sentar nos bancos dos fundos e jamais podem entrar num
carro com um homem que não seja o seu marido. (Bello, 2001).
O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, faz uma seguinte referência à condição feminina: "Os homens são superiores às mulheres, porque Deus lhes outorgou a primazia
sobre elas. Os maridos que sofrerem desobediências de suas esposas, podem
castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas". (Bello, 2001).
Referência:
BELLO, José Luiz de Paiva. O poder da religião na educação da mulher. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/mulher02.htm.
Citações
"Discute-se,
o conceito de cura como cuidado e como recuperação de enfermidades a partir do
ponto de vista da psicologia. Defende-se que a psicologia, como ciência
empírica, não é competente para se pronunciar quanto à eficácia do religioso no
enfrentamento, embora possa fazer quanto à eficácia do sagrado."
(Paiva, G.J., 2007, p.100)
"Para
concluir, a questão da eficácia singular do enfrentamento religioso como tal não
pode ser avaliada pelo psicólogo, embora o psicólogo possa avaliar a eficácia do
sagrado, inclusive do sagrado que possibilita no homem a inserção do
religioso."
(Paiva, G.J., 2007, p.103)
Lucas Noleto
Religião, enfrentamento e cura: perspectivas psicológicas
Paiva, G.J.. (2007).
Religião, enfrentamento e cura: perspectivas psicológicas. Estudos de
Psicologia, 24(1), pp.100-103.
Neste periódico o autor Paiva retrata como a fé pode ajudar no enfrentamento de doenças, mostra também que a ciência não pode provar que as crenças religosas trazem a cura.
Lucas Noleto
A mulher
"Bem-aventurada para os crentes, maldita para os incrédulos, a mãe de Jesus
carregará para sempre a culpa de ser a autora de um mito que levou e continua
levando à infelicidade e à morte milhões de seres humanos culpados por um
indevido prazer: o orgasmo" (MOTT, 1988, p. 186).
Na religião (catolica) a mulher é vista como submissa e impura e sempre ligada ao miticismo, o prazer que elas sentem é visto como sujo. Se uma mulher não fosse considerada virgem, a sociedade a via como prostituta. O homem ao contrario da mulher necessita desse poder de virilidade.
Refêrencia:
BELLO, José Luiz de Paiva. O poder da religião na educação da mulher. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/mulher02.htm>. Acesso em: dia mes ano.
Ana Menezes
Na religião (catolica) a mulher é vista como submissa e impura e sempre ligada ao miticismo, o prazer que elas sentem é visto como sujo. Se uma mulher não fosse considerada virgem, a sociedade a via como prostituta. O homem ao contrario da mulher necessita desse poder de virilidade.
Refêrencia:
BELLO, José Luiz de Paiva. O poder da religião na educação da mulher. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/mulher02.htm>. Acesso em: dia mes ano.
Ana Menezes
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